segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Devolveram-lhe seu guerreiro morto:

[Alfred Tennyson]

Devolveram-lhe seu guerreiro morto:
Ela, porém, não desmaia nem chora:
E todas as damas velam em coro,
“Precisa chorar ou estará morta.”

Depois teciam discreto elogio,
Dizendo-lhe digno de ser amado,
Amigo sincero, nobre inimigo;
Mas dela, gesto ausente, silente o lábio.

Deixa, então, uma donzela seu posto,
E do guerreiro inerte, levemente,
Retira o fúnebre véu de seu rosto;
Mas dela, silente o lábio, o pranto ausente.

Rose, uma criada de longeva idade,
Sobre os joelhos seu filho descansa –
Vêm lágrimas em árdua tempestade
“Viverei para ti, minha doce criança.”


[traduzido por Adriano Lobão Aragão]

Nenhum comentário: