[Alfred Tennyson]
Devolveram-lhe seu guerreiro morto:
Ela, porém, não desmaia nem chora:
E todas as damas velam em coro,
“Precisa chorar ou estará morta.”
Depois teciam discreto elogio,
Dizendo-lhe digno de ser amado,
Amigo sincero, nobre inimigo;
Mas dela, gesto ausente, silente o lábio.
Deixa, então, uma donzela seu posto,
E do guerreiro inerte, levemente,
Retira o fúnebre véu de seu rosto;
Mas dela, silente o lábio, o pranto ausente.
Rose, uma criada de longeva idade,
Sobre os joelhos seu filho descansa –
Vêm lágrimas em árdua tempestade –
“Viverei para ti, minha doce criança.”
[traduzido por Adriano Lobão Aragão]
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