[Jiang
Jie]
1245-1310
Quando
era novo, ouvia a chuva
Acompanhado
por bailarinas,
As
velas tremulando, no vermelho
Das
cortinas de cama.
Depois,
ouvi-a nos barcos errantes,
Nos
imensos rios, sob nuvens baixas,
No
vento de Oeste – lá onde
Grita
o ganso selvagem.
Ouço-a
agora junto à cabana dos monges
Com
prata nos cabelos
Tristeza,
alegria, ausência, encontro –
Passam,
indiferentes.
Que
ela tombe – a chuva, sobre os degraus,
Gota
a gota, a noite inteira, até ser dia.
[in CARVALHO, Gil de (org & trad). Uma Antologia de Poesia Chinesa. 2.ed. Lisboa, Portugal: Assírio & Alvin, 2010. p.331]
Nenhum comentário:
Postar um comentário