Musgo
Sonho amarelo da ausência
Do alto das telhas ingênuas
Aguarda
Aguarda para descer
Sobre as pálpebras fechadas da terra
Sobre as faces apagadas das casas
Sobre as mãos apaziguadas das árvores
Aguarda imperceptível
Para a mobília enviuvada
Abaixo no quarto
Revestir cuidadoso
De uma capa amarela.
[Vasko Popa (1922-1991) em tradução de Aleksandar Jovanovic]
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